Qualificação

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QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

INTRODUÇÃO

A adoção de políticas sociais voltadas aos mais vulneráveis e a eliminação da universalização das políticas foram, a partir do final da década de 1980, orientações enfatizadas aos países da América Latina pelos organismos internacionais, entre eles o Banco Mundial. Essas políticas assumem três características principais: são políticas sociais orientadas para os extremamente pobres – pois estes são incapazes de suportar os custos das reformas e de se proteger – e destinam-se a garantir um mínimo de serviços de primeira necessidade e de infraestrutura social.

Além disso, as políticas sociais focais são temporárias e tendem a perder seu caráter universal e a se tornar um mero paliativo reservado aos excluídos do mercado.

Outra característica deste ideário são as políticas sociais de assistência benfeitoria e de privatização, nas quais as organizações não-governamentais se transformam em instâncias intermediárias fundamentais, tanto na identificação dos grupos mais desfavorecidos quanto na distribuição de ajudas.

Finalmente, a terceira característica das políticas sociais é a descentralização visando maior eficiência e racionalização dos gastos e o recurso à participação popular, com apelo à caridade e ao apoio comunitário, em oposição à lógica dos direitos sociais universais.

Nas últimas décadas permaneceram os pressupostos destas políticas, as quais, tendo em vista a maior eficiência da aplicação dos recursos e a racionalização dos gastos sociais, aprofundaram a focalização nos segmentos desprivilegiados da população, para descentralização da gestão do financiamento e da operacionalização dos serviços públicos e as parcerias público-privado para implementação de programas. A presença de enormes parcelas da sociedade ainda na faixa da pobreza obriga o Estado a criar e manter programas compensatórios a fim de garantir a governabilidade e evitar uma possível convulsão social.

As políticas públicas voltadas para a educação/qualificação social e profissional inicial de jovens e adultos de baixa renda das camadas populares inserem-se nesse contexto, e têm por objetivo dar respostas às questões sociais postas pelo quadro de extrema fragilidade desse segmento da população. Estas questões tenderam a agravar-se com a desaceleração da economia decorrente da crise internacional que eclodiu em 2008 e com o estreitamento do mercado de trabalho conseqüente do aprofundamento do processo de reestruturação do setor produtivo e de redução dos postos de trabalho, além do momento de crise mundial e desindustrialização do país.

Diante do aumento de exigências de ampliação do conhecimento dos trabalhadores e do excedente de mão de obra pouco escolarizada e qualificada e sem experiência prévia, os jovens dos setores empobrecidos têm como desafio a inserção e a permanência no mundo do trabalho, pois recai sobre eles o ônus do desemprego e da precarização do trabalho constatada nos baixos salários, nas extensas jornadas de trabalho, na informalidade das relações de trabalho e na ausência de mecanismos de proteção social e trabalhista.

Diante do quadro de vulnerabilidade que marca a situação social, laboral e cultural dos jovens das camadas mais desprivilegiadas dos países em desenvolvimento, a APDL busca desenvolver e aperfeiçoar metodologias e mecanismos que auxiliem no desenvolvimento do conhecimento e habilidades dos jovens, para que estes possam se fixarem no mercado de trabalho. Logo, ao construir o nosso Projeto Político-Pedagógico levamos em conta a realidade que circunda os jovens e suas famílias, pois, certamente, a realidade social destes afeta a sua vida escolar e, consequentemente, afeta a vida profissional, e a realidade que o mercado de trabalho exige.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

O conteúdo programático dos Cursos de Qualificação Social e Profissional é  dividido em duas etapas, sendo ela social com temas de elevação de escolaridade e profissional com temas de conhecimentos específicos à ocupação em que deseja trabalhar.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Todos os docentes foram orientados a utilizar uma didática de forma dinâmica e consensual que levasse o educando a compreensão do que estava sendo ensinado de forma eficiente, não se esquecendo de que na sua introdução a matéria específica do curso deverá trabalhar os conteúdos inerentes à formação de relacionamento humano, cidadania, ecologia, ética profissional, aumento do nível de escolaridade, etc.

AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Acompanhar as atividades, e avaliá-las, leva-nos a reflexão com base em dados concretos, sobre como a instituição organiza-se para colocar em ação as atividades produzidas durante o curso.

Essas atividades envolvem três momentos: a descrição dos conteúdos aplicados; problematização da realidade da instituição; e a compreensão crítica da realidade descrita pelo indivíduo.

ESTRUTURA CURRICULAR

A carga-horária do curso de Qualificação Social e Profissional está distribuída conforme as necessidades da clientela e as orientações fornecidas pelo MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. A equipe técnica-pedagógica tem um papel essencial no processo de articulação entre objetivos, conteúdos e avaliação.

AVALIAÇÃO DA PROPOSTA

POLÍTICO-PEDAGÓGICA

O Projeto Político Pedagógico não deve ser analisado como algo estanque, desvinculados dos aspectos políticos e sociais não rejeitam as contradições e os conflitos. A avaliação tem um compromisso mais amplo do que a eficiência e a eficácia das propostas inovadoras, portanto acompanhar e avaliara a projeto político pedagógico é avaliar os resultados da própria organização do trabalho pedagógico.

Nesta perspectiva a proposta será avaliada sistematicamente levando em consideração as possibilidades dos envolvidos no processo tendo em vista as adequações necessárias.

QUALIFICAÇÃO SOCIAL E PROFISSIONAL

Conjunto de políticas que se situam na fronteira do Trabalho e da Educação, a Qualificação Social e Profissional – QSP está intrinsecamente vinculada a um projeto de desenvolvimento includente, distribuidor de renda e redutor das desigualdades regionais.

Se nos anos 90 e início desta década, os altos índices de desemprego faziam da qualificação profissional uma chance quase certa para conseguir uma oportunidade de emprego ou um paliativo emergencial a fim de melhorar o currículo dos trabalhadores com baixa escolaridade, a realidade hoje é bem diferente. Com a taxa de aproximadamente 6% de desemprego, a qualificação profissional, assim como todo o resto, também teve que se modernizar, adequando-se às novas demandas para continuar atendendo à população que ainda se encontra em situação de exclusão econômica e social, com cursos mais atualizados às necessidades do mercado, atualizados no que se refere às técnicas e tecnologias e em consonância aos Programas que visam o crescimento do país.

Hoje, o perfil profissional exigido impõe flexibilidade tanto na qualificação, o que significa conhecimentos múltiplos, quanto na escolaridade, exigindo cada vez mais além do ensino regular, a conclusão do ensino superior, pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado e cursos de especialização em áreas diversas. Com isso o trabalhador disponível no mercado atual, caso queira ocupar um posto de trabalho com remuneração condizente com suas aptidões precisa ter além dos diplomas, capacidade de raciocínio para que possa exercer suas funções com iniciativa e criatividade.

Com características tão competitivas e dinâmicas, a porta de entrada para o emprego formal afunila-se cada vez mais, relegando os trabalhadores (as) com baixa escolaridade e/ou sem qualificação ao subemprego, à informalidade e à precarização do trabalho.

Se por um lado a globalização veio para abrir possibilidades, informar e atualizar, possibilitando a rápida troca de informações, tecnologia e, por conseguinte de progresso, com as rápidas transformações em todos os setores da atual economia mundial, profundas e significativas transformações tecnológicas e socais foram impostas à sociedade implicando na necessidade de reorganização do mundo do trabalho e da sociedade civil de maneira geral. Na prática, essas exigências significaram mudanças no perfil dos trabalhadores que precisam estar cada vez mais alinhados às exigências impostas pelas empresas e pela sociedade.

Com tantas modificações, a qualificação não poderia ficar à margem e também teve que buscar formas alternativas de atender a uma parcela ainda significativa da população que necessita de políticas públicas para serem inseridas no mundo do trabalho.

Atualmente, todas as ações de Qualificação Social e Profissional – QSP estão integradas, interligadas a outras ações, cujo princípio básico é a inclusão com qualidade e têm como principal foco – além do conhecimento teórico e prático de uma ocupação – desenvolver as habilidades individuais de seus participantes, exigidas pelo mercado de trabalho, incorporando conhecimentos atualizados que poderão potencializar o currículo deste trabalhador, transformando-o num profissional de destaque já nos processos seletivos.

Mais do que conhecimento formal, é de responsabilidade das entidades executoras empenhadas em realizar este tipo de ação, despertar nos participantes características que não poderão ser colocadas no papel, mas que serão de fundamental importância numa entrevista, por exemplo, como habilidades, raciocínio lógico, conhecimento de cidadania, postura e ética, entre outros. Desta forma, neste novo contexto, a instituição deixa de ser mero cumpridor / executor de Leis e Diretrizes estabelecidas para atuar como uma importante ponte dentro do processo de capacitação, oferecendo (ou não) ao mercado, profissionais que efetivamente estejam dentro das exigências aqui já relacionadas.

QUALIFICAÇÃO SOCIAL

O processo de formação foi realizado em duas etapas, como está disposto a seguir:

A Qualificação Social consiste em uma carga horária de 100 horas/aula, com duração de mínima de 03 horas/aula à duração máxima de 05 horas/aula, por dia, e de duração máxima de 15 horas/aula semanais, onde o aluno aprende em 07 semanas o conteúdo básico do curso.

Este conteúdo programático composto por:

Inclusão digital – 40 horas/aula (Windows e internet; Word; Excel; e PowerPoint);

Valores humanos, ética e cidadania – 10 horas/aula. (Ética; Declaração universal dos direitos humanos; e O que é cidadania);

Educação ambiental, higiene pessoal, promoção da qualidade de vida – 10 horas/aula. (Meio ambiente; Saúde e qualidade de vida; e Mandamentos ambientais);

Noções de direitos trabalhistas, formação de cooperativas, prevenção de acidentes de trabalho – 20 horas/aula. (Constituição Federal/1988 e seu papel para a sociedade; Noções de direito do Trabalho; Prevenção de acidente; e Economia solidária);

Empreendedorismo – 20 horas/aula. (Gestão Pública no 3º Setor; Projetos Sociais; Características empreendedoras; e Economia).

Após a conclusão da qualificação social, os jovens são conduzidos para a qualificação profissional conforme o arco ocupacional, o qual ele fez opção no ato do cadastramento ao preencher a ficha de inscrição.

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

A Qualificação Profissional é formada por arcos Ocupacionais composto por 04 (quatro) tipologias diferentes, cada uma com carga horária de 50 horas/aula, acrescidas de aulas práticas com duração de 50 horas/aulas, totalizando 250 horas/aulas, conforme conteúdo programático de cada Curso contemplado.

A Qualificação Profissional é sempre mais visada pelo público-alvo, visto que estes necessitam ter o contato com a profissão para acreditar em um futuro profissional nas suas vidas. Sem as atividades práticas fica difícil que os jovens possam assimilar o conteúdo e aprender a profissão. A seguir observas e fotos das aulas práticas realizadas em empresas parceiras.